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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
POESIA MUNDIAL EM PORTUGUÊS

Foto: Edna St. Vincent Millay fotografada por
Carl Van Vechten, 1933/ Wikipedia

 

EDNA ST. VINCENT MILLAY
( U. S. A. )

Edna St. Vincent Millay (22 de Fevereiro de 1892 – 19 de Outubro de 1950) foi uma poetisa lírica e dramaturga americana, vencedora do Prémio Pulitzer na categoria Poesia. Ficou também conhecida pelo seu estilo de vida boémio, pouco convencional para a época, e pelos seus inúmeros casos amorosos. Utilizou o pseudónimo Nancy Boyd para o seu trabalho em prosa.

Ver biografia completa em:

 

TEXTS IN ENGLISH – TEXTOS EM PORTUGUÊS

 

MARQUES, Oswaldino.  Videntes e sonâmbulos: coletânea de poemas norte-americanos.   Rio de Janeiro: Serviço de Documentação, Ministério da Educação e Cultura, 1955;  300 p.
                                                    Ex. bibl. Antonio Miranda

 

GOD´S WORLD

O world, I cannot hold thee close enough!
Thy winds, thy gray skies!
Thy mists, that  roll and rise!
Thy woods, this autumm day, that ache and sag
And all but cry with color! That gaunt crag
To crush! To lift the lean of that black bluff!
World, world, I cannot ge thee close enough!

Long have I known a Glory in it all
But never knew I this.
Here such a passion is
Thou´st made the world too beautiful this year
My soul is all baut out of me — let fall
No burning leaf; prithee, let no bird call.



DIRGE WITHOUT MUSICA

I am not resigned to the shutting away of
loving Hearts in the hard ground.
So it is, and so it will be, for so it has been,
time out of mind:
Into the darkness they go, the wise and the
lovely.  Crowned
Wisth lilies and with laurel they go; but I am
not resigned.

Lovers and thinkers, into the earth with
you.
Be one with the dull, thje indiscriminate
dust.
A fragment of what you felt, of what you
knew,
A formula, a phrase remains, — but the best
is lost.

The answers quick and keen, the honest
look, the laughter, the love, —
They are gone.  They are gone to feed the
roses.  Elegant and curled
Is the blossom.  Fragrant is the blossom.

Down, down, down isnto the darkness of
the grave
Gently they go, the beautiful, the tender,
the kind;
Quietly they go. The inteligente, the witty,
the brave.
I know.  But I do not aprove. And I am
not resigned.

WHAT LIPS MY LIPS HAVE KISSED

What lips my lips have kissed, and Where, and why,
I have forgotte, and what arms have lain
Under my head till mornig; but the rain
Is full of ghosts tonight, that tap  na sigh
Upon the glass and listen for reply;
And in my heart there stirs a quiet pain
For unremembered lads that not again
Will unremembered lads that not again
Will turn to me at Midnight witha cray.

Thus in the winter stands the lonely tree,
Nor knows what birds have vanished one by one,
Yet knows its boughs more silente than before:
I cannot say what loves have come and gone;
I only know that summer sang in me
A little while, that in me sings no more.



SONNET II

Time does not bring relief; you all have lied
Who told me time would ease me of my pain!
I miss him in the weeping of the rain;
I want him at the shrinking of the tide;
The old snows melt from Every mount-side,
And last year´s leaves are smoke in Every lane;
But last year´s bitter loving must remain
Heaped on my heart, and my old thoughts abide.
There ara a hundred places where I fear
To go — so with his memory the brim.
And entering with relief some quiet place
Where never fell his foot or shone his face
I say, "There is no memory of him here!"
And so stand stricken, so remembering him.



SONNET XVIII

When I too long have looked upon your face,
Wherein for a brightness unobscured
Save by the mists of brightness has its place,
And terrible beauty not to be endured,
I turn Away reluctant from your light,
And stand irresolute, a mind undone,
A silly, dazzled thing deprived of sight
From having looked too long upon the sun.
Then is my daily life a narrow room
In which a little while, uncertainly,
Surrounded by impenetrable gloom,
Among familiar things grown strange to me
Making my way, I pause, and feel, and hark,
Till I become accustomed to the dark.

 

SONNET XIX

And you as well must die, beloved dust,
And all your beauty stand you in no stead;
This flawless, vital hand, this perfect head,
This body of flame and steel, before the gust
Of Death, or under his autumnal frost,
Shall be as any leaf, be no less dead
Than the first leaf that feel, — this wonder fled,
Altered, estranged, disintegrated, lost.
Nor shall my love avail you in your hour.
In spite of all my love, you will arise
Upon that day and Wander down the air
Obscurely as  theunattended flower,
In mattering not how beautiful you were,
Or how beloved above all else that dies.

TEXTOS EM PORTUGUÊS

 

O MUNDO DE DEUS

Ó mundo, eu não posso estreitar-te bem forte!
Teus ventos, teus céus vazios e cinzentos!
Tuas brumas que se desenrolam e elevam!
Teus bosques, neste dia de outono, que gemem inclinados
E quase bradam em cores! Essa rocha desolada,
Esmagá-la! Altear o declive desse promontório sombrio!
Mundo, mundo, eu não posso estreitar-te bem forte!

Há muito sei que há glória nisso tudo
Mas eu mesma jamais a conheci.
Tal paixão há aqui
Que estou desgarrada.  Senhor, tenho medo
Que tenhas feito este ano o mundo demasiado belo!
Minh´alma não se aparta de mim — ah, não deixes cair
Nenhuma folha crestada; imploro-te, que nenhum pássaro
[cante!

                                  Trad. de Breno Silveira


CANTO FÚNEBRE

Não me resigno que na dura terra amantes corações sejam
[ encerrados.
Assim é e assim será, como sempre foi na era mais
[ distanciada:
Para as trevas lá vão os sábios e os belos.  Coroados
De lírios ou de louros, lá vão; mas não estou resignada.

Contigo, dentro da terra. Amantes e pensadores.

Misturam-se com o pó anônimo e revolvido.
Um fragmento do que conheces, de tuas dores,
Uma fórmula, uma frase fica, — mas o melhor está
[ perdido.

A resposta aguda e pronta, o riso, o amor, o olhar, o gesto,
Foram-se para alimentar as rosas.  Belo e jucundo
É o lírio. Cheirosa é a rosa.  Bem sei, mas protesto.
Mais preciosa era a luz em teus olhos do que todas as
[ rosa do mundo.

Dentro, lá dentro no fundo das trevas da morte
Vão ter o belo, o meigo, o bom. No silêncio do nada
Vão desaparecer o inteligente, o gracioso, o forte.
Eu sei. Mas não aprovo. E não estou resignada.

Trad. de Alphonsus de Guimaraens Filho.


OS LÁBIOS QUE MEUS LÁBIOS BEIJARAM

Os lábios que meus lábios beijaram, onde e quando,
eu esqueci, e os braços que se estenderam
sob minha cabeça até o amanhecer... Mas a chuva
se povos de espectros esta noite; ele batem à janela,
e espiam pelos vidros atrás de uma resposta.
Uma dor silenciosa em minha alma se agita,
rapazes esquecidos que não voltarão mais
a procurar-me entre lágrimas à noite.

Assim também no inverno a árvore solitária
ignora quais os pássaros que se foram um a um
e, no entanto, sente mudos seus galhos, mais que antes;
Não sei contar os amores que se foram um a um;
sei apenas que o verão cantou em mim
um curto instante, e já não canta mais...

Trad. de Sérgio Milllet

 

SONETO II

Tempo que não traz consolo, está mentindo
Quem jura que com tempo a mágoa passa.
Porocuro-o quando a chuva está caindo
Quero-o quando olho o mar que a praia abraça.

A neve vai-se aos poucos diluindo
E as folhas do ano findo são fumaça.
Mas o amor que amargava no ano findo
Mora em meu coração e o despedaça.

Há lugares que evito com desgosto
De tal forma que me exaltam a memória,
Mas se olho o novo ambiente de uma sala

Que nunca viu o brilho do seu rosto
Digo: "Aqui nada lembra a nossa história"
E assim me quedo absorta a relembrá-la.


Trad. de Anna Amélia de Queiroz Carneiro Mendonça

 

SONNET XVIII

Quando fitei demais a tua face
Onde encontro uma luz que não descora,
Onde um fulgor intenso eterno mora
E uma beleza igual ao sol que nasce,

Volto-me esquiva, numa angústia brusca,
E irresoluta, ao meu temor me entrego,
Pequeno ser inútil, quase cego,
Por ter fitado assim o sol que ofusca.

Julgo então minha vida um quarto escuro,
No qual, inquieta, em ânsias singulares,
Uma réstea de luz em vão procuro,

E estranhando os objetos familiares,
Tateio e paro em louca indecisão,
Até que me acostume à escuridão.

 

SONETO XIX

Tu também morrerás, cinza adorada.
Essa beleza é certo que pereça,
Esse mão, esse esplêndida cabeça,
Esse corpo de argila iluminada.

Sob o gume da morte ou sob a geada
Serás mais uma folha que estremeça
E co´as outras te vás — verde e travessa,
Depois morta, sem cor, desintegrada.

De nada o meu amor terá valido.
Apesar deste amor, tu chegarás
Ao fim do dia e tombarás vencido.

Obscuro como a flor que cai, por mais
Que tenhas sido belo e tenhas sido
Mais amado que todos os mortais.

 


Trad. de Anna Amélia de Queiroz Carneiro Mendonça

*

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Página publicada em junho de 2027

 

 

 
 
 
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